A Fascinante História da Iridologia: Olhos que Revelam Saúde
A iridologia, ou o estudo da íris como um reflexo do estado de saúde, é uma prática que remonta à antiguidade, quando civilizações como os caldeus já utilizavam os olhos para diagnosticar doenças com base em princípios da mesma linhagem da medicina tradicional chinesa, pois nossos olhos podem refletir alguns aspectos dos nosso interior orgânico.
Essa arte de "ler" a saúde através da íris é um tema que fascina e provoca curiosidade, tendo evoluído e se transformado ao longo dos séculos, recebendo influências de diversas culturas e tradições.
A Antiguidade e o Novo Testamento
A prática de observar os olhos para determinar a saúde não é nova.
Salzer, em seu livro "Diagnóstico Ocular e Ocultismo", menciona um antigo libriano que afirmava: "Tudo o que acontece no cosmos se reflete no homem", indicando que eventos cósmicos influenciam tanto as condições orgânicas quanto a saúde.
Essa ideia é ecoada no Novo Testamento, onde Cristo menciona que "os olhos são o farol do teu corpo" (Lucas 11, 34-36), sugerindo que a pureza dos olhos está interligada à saúde do corpo.
O Desenvolvimento da Iridologia na Idade Média
Na Idade Média, a obra "Chiromantica Medica" de Phyllippus Meyens trouxe novos insights sobre a exploração da íris.
Durante esse período, diferentes culturas, como a chinesa e a japonesa, também desenvolveram suas próprias interpretações dos sinais na íris, embora diferissem consideravelmente da Iridologia Ocidental.
A Contribuição de Ignatz von Peczely
A figura central na história da iridologia moderna é Ignatz von Peczely, um médico húngaro que, em 1886, publicou o primeiro quadro iridológico.
Peczely ficou famoso por sua história da coruja, onde observou que a íris do animal apresentava um sinal após uma fratura.
Essa experiência o levou a se formar em medicina e a publicar um livro com um sistema de diagnóstico por iridologia, enfrentando todas as críticas e acusações de charlatanismo.
A Evolução da Iridologia no Século XX
No início do século XX, outros nomes se destacaram, como Nils Liljequist, que explorou a coloração da íris, e Henry Lindlahr, que contribuiu com uma abordagem mais prática e focada na cura natural.
A escola americana de iridologia começou a se firmar, com iridologistas como Bernard Jensen, que publicaram extensos trabalhos e expandiram a prática na América do Norte.
A Iridologia Hoje
Atualmente, a iridologia continua a ser um campo de interesse, reunindo tanto adeptos rigorosos quanto céticos.
Os avanços tecnológicos, como o uso de câmeras de alta resolução, permitiram uma análise mais detalhada da íris, trazendo novas perspectivas para essa arte antiga.
A iridologia não é um método de diagnóstico, mas também uma forma de entender a conexão e a reflexologia entre o corpo e os olho, refletindo um legado de sabedoria que atravessa os séculos.