A iridologia analisa padrões na íris para avaliar saúde, mas ainda falta comprovação científica de seus princípios.
Embora potencialmente útil como técnica complementar preventiva ao diagnosticar desequilíbrios latentes, enfrenta ceticismo da comunidade médica pela falta de estudos sólidos até agora.
Novas pesquisas controladas, combinando imagens da íris com exames tradicionais, ajudariam a avançar rumo a alguma forma de consenso sobre sua efetividade.
1- O que é a Iridologia?A iridologia é uma técnica complementar de avaliação de saúde que analisa padrões, cores e características na íris para identificar níveis de vitalidade em órgãos e sistemas do corpo.
2- Quando surgiu a Iridologia?
Surgiu no século XIX através da observação intuitiva do médico húngaro Ignatz von Peczely, que notou marcas e pigmentações na íris associadas a uma fratura prévia óssea .
Desde então, mapeamentos detalhados foram desenvolvidos por vários profissionais da saúde através do exame de seus pacientes e foram correlacionando regiões da íris a órgãos específicos, e diversos iridologistas vêm apontando a capacidade da técnica em assinalar desequilíbrios ainda latentes muito antes do aparecimento de sintomas clínicos e alterações detectáveis por exames convencionais, podendo ser utilizada como parte da avaliação do paciente junto a anamnese.
3- O que pode ajudar a Iridologia?
Isso permite, segundo os defensores da prática, tratar as raizes dos sintomas de forma preventiva, através de aconselhamento de mudanças de hábitos e estilo de vida, proporcionando auto conhecimento e desenvolvimento pessoal.
4- Por que a Iridologia ainda não foi reconhecida pela comunidade científica?
Uma das principais razões que a Iridologia ainda não foi reconhecida é pelo fato que que a comunidade científica está acostumada em estudar a mensuração através de forma quantitativa e em busca de evidências mensuraveis e em busca de tecnologias que possibilitem de realizar diagnóstico de doenças.
No entanto a Iridologia atua de uma forma mais qualitativa, oferecendo mais informações para somar a anamnese, indicando causas pesquisáveis e não possibilita o diagnóstico de doenças, mas sim de fragiliades orgânicas que podem se manifestar e serem portas de entrada para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
A iridologia, no entanto, ainda carece de estudos controlados e padronizados que comprovem cientificamente seus princípios e sua efetividade diagnóstica.
Infelizmente ainda enfrenta ceticismo de parte da comunidade médica e acadêmica, que critica a falta de evidências sólidas até o momento.
Novas pesquisas serão necessárias para se avançar rumo a um novo consenso a respeito da Iridologia, pois já existem várias pesquisas na área da tecnologia e biometria da iris que revelam que a avaliação orgânica realizada através do mapas da iridologia tem cerca de 90% de chances de acerto, que pode ser considerado uma chance muito alta para quem trabalha com avaliação do paciente.
5- O que é consenso científico?
Consenso científico se refere ao acordo consolidado entre especialistas, baseado numa avaliação abrangente de todas as evidências confiáveis disponíveis sobre determinado fenômeno ou área de conhecimento.
Quando novas teorias e descobertas disruptivas surgem, pode levar tempo até que experimentos repetidos em diversos contextos, publicação extensiva e análises minuciosas em toda a comunidade levem a um novo consenso.
Mas esse processo é importante para legitimar qualquer nova proposta dentro do campo científico.
No caso da iridologia, são necessários mais trabalhos acadêmicos multidimensionais, combinando-a com imagens oculares computadorizadas e exames complementares tradicionais para mapear precisamente suas capacidades e limitações.
Isso poderia abrir caminho para maior aceitação no meio médico e transformar seu atual status controverso.