Parapsicologia no Brasil: Evolução, Contextos e Protagonistas
Autora: Silviane Silvério
Data: 24 de julho de 2025
Tempo médio de leitura: 10 minutos
Palavras-chave:
Parapsicologia, Brasil, fenômenos psi, Oscar Quevedo, Hernani Guimarães Andrade, Pedro Antônio Grisa
Resumo:
A parapsicologia no Brasil desenvolveu-se em meio a tensões entre espiritualismo, religião e ciência.
Desde o final do século XIX, passando por disputas entre católicos e espíritas, emergiram diferentes escolas, cada uma com ênfases próprias.
Embora vários pesquisadores tenham buscado rigor e consistência, a área ainda enfrenta desafios quanto à credibilidade científica.
Hoje, seus campos de atuação oscilam entre o conteúdo terapêutico clínico e a curiosidade científica sobre fenômenos psi.
Desenvolvimento:
Quando a parapsicologia chegou no Brasil?
A parapsicologia chegou ao Brasil no final do século XIX, impulsionada pelo interesse crescente por estudos psi, especialmente sob a influência do espiritismo.
Devido a restrições legais à doutrina espírita, praticantes começaram a adotar uma linguagem mais científica, buscando legitimar o estudo da mediunidade por meio da Pesquisa Psíquica.
Esse movimento continuou durante a República Velha e a Era Vargas, influenciando o desenvolvimento inicial da parapsicologia no país.
Quais as Diferentes Escolas e Vertentes no Brasil?
A parapsicologia brasileira consolidou-se ao longo do século XX em três principais correntes:
Escola Católica
Representada pelo Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP), fundado em 1970 pelo padre Oscar Quevedo em São Paulo. Ele também criou o Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia (IPQ), dedicando-se à investigação racional e crítica dos fenômenos paranormais. Sempre defendeu a distinção entre fé religiosa e explicação científica.
Escola Espírita
Institutos como o IBPP (Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas), fundado por Hernani Guimarães Andrade, dedicaram-se a consolidar a mediunidade espírita sob lentes científicas, buscando respaldo empírico para fenômenos ligados à sobrevivência após a morte.
Escola Científica Independente
Instituições como o IPAPPI (Sistema Grisa) introduziram práticas de hipnose, reprogramação mental e psicotrônica, com foco no desenvolvimento da mente humana como fonte de potencialidades transcendentais — sem vinculação religiosa.
🧠 O Papel de Pedro Antônio Grisa
Na década de 1970 e 1980, Pedro Antônio Grisa emergiu como pioneiro da parapsicologia brasileira independente.
Com experiências na chamada “Parapsicologia da Escola Espírita”, ele estruturou metodologias fortes em reprogramação mental e consciência ampliada, definindo o fenômeno psi como expressão da mente humana — e não de forças sobrenaturais.
📚 Produção Científica e Limitações Metodológicas
Apesar de avanços pontuais, como teses de pré-cognição na USP e estudos empíricos sobre percepção telepática, a produção brasileira raramente alcançou os padrões rigorosos de controle e publicação científica encontrados nos EUA ou Europa.
David Hess identificou que a infraestrutura acadêmica, muitas vezes associada ao movimento espírita ou católico, privilegiava a difusão doutrinária em detrimento do debate científico revisado por pares.
🕵️ Críticas e Ceticismo na Parapsicologia
A parapsicologia continua sendo considerada uma pseudociência por muitos cientistas — em parte pela falta de replicabilidade e evidências claras sobre seus fenômenos estudados.
Em outras situações por conta das divergentes crenças religiosas.
Muitos relatos apontam para estudos metodologicamente fracos, análises estatísticas de efeitos raros e experimentos pouco controlados, o que reforça o descrédito entre a comunidade universitária.
👥 Principais Nomes Ligados à Parapsicologia Brasileira
Oscar Quevedo (SJ): Fundador do CLAP e do IPQ, notório por desmascarar charlatões e promover a distinção entre fé e ciência.
Hernani Guimarães Andrade: Engajado na legitimação científica da mediunidade relacionada ao espiritismo moderno.
Pedro Antônio Grisa: Criador do IPAPPI e pioneiro da abordagem mentalista-secular da parapsicologia no Brasil.
Elsie Dubugras: Médium, jornalista e parapsicóloga que divulgou fenômenos psi e ufologia no país, com forte atuação em veículos de comunicação e publicações sobre o tema.
Conclusão:
A parapsicologia no Brasil desenvolveu-se em meio a tensões entre igrejas, espiritualismo e ciência.
Desde o final do século XIX, passando por disputas entre católicos e espíritas, emergiram diferentes escolas, cada uma com ênfases próprias. Embora vários pesquisadores tenham buscado rigor e consistência, a área ainda enfrenta desafios quanto à credibilidade científica.
Hoje, seus campos de atuação oscilam entre o conteúdo terapêutico clínico e a curiosidade científica sobre fenômenos psi.
Que possamos valorizar tanto o legado histórico quanto as contribuições contemporâneas, reconhecendo que a parapsicologia é um campo vivo, sempre em evolução, que nos convida a explorar as fronteiras do conhecimento humano.
Referências Bibliográficas:
Parapsicologia no Brasil - WikiHP. https://wiki.historiadapsicologia.com.br/index.php?title=Parapsicologia_no_Brasil. Acesso em 24 de julho de 2025.
“UCPel Lança Curso On-Line Sobre Parapsicologia | Universidade Católica de Pelotas - UCPel”. A Universidade Mais Antiga Do Interior Do Rio Grande Do Sul. Reconhecida Por Formar Líderes Comprometidos Em Atuar No Desenvolvimento Da Sociedade., https://ucpel.edu.br/noticias/ucpel-lanca-curso-on-line-sobre-parapsicologia. Acesso em 24 de julho de 2025.
Referências da Autora:
Para conhecer mais sobre meu trabalho, meu currículo Lattes, ORCID e outros certificados estão disponíveis em meu blog. Sinta-se à vontade para explorar e entrar em contato para futuras discussões ou colaborações!
Meu ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6311-1195
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