O que falta para a ciência reconhecer a Iridologia?✔Referência Científica

 

Se estão aceitando e tendo bons resultados com o mapeamento da retina, porque o mapeamento da iris ainda está sendo classificado como pseudociencia?

Autora: Silviane Silvério

Data: 18 de agosto de 2025

Tempo médio de leitura: 10 minutos

Palavras-chave:

Iridologia, mapeamento da retina, pseudociência, inteligência artificial, saúde preventiva

Resumo:

Embora o mapeamento da retina seja amplamente aceito e validado pela medicina convencional, o mapeamento da íris (iridologia) ainda enfrenta resistência e é frequentemente classificado como pseudociência. 

Essa diferença se deve à falta de padronização, estudos controlados e evidências científicas robustas na iridologia, enquanto o mapeamento da retina possui uma base sólida de pesquisas clínicas e tecnológicas. 

A principal diferença entre o mapeamento da retina e o mapeamento da íris está na validação científica e na comprovação clínica.

No entanto, avanços recentes, como a integração da iridologia com inteligência artificial, começam a mudar esse cenário, sugerindo que a prática pode evoluir para se tornar uma ferramenta complementar confiável no futuro.

Desenvolvimento:

Por que o Mapeamento da Retina é Aceito pela Medicina?

O mapeamento da retina tem sido extensivamente estudado e validado por diversas pesquisas científicas, como a recente publicação na revista Heart. 

Esse exame permite analisar alterações microvasculares, ajudando na detecção precoce de doenças cardíacas, AVC, hipertensão e diabetes. 

Além disso, ele é realizado com equipamentos modernos e padronizados, garantindo reprodutibilidade e confiabilidade nos diagnósticos.

Por que a Iridologia Ainda Não é Reconhecida?

A iridologia, já conta com alguns estudos clínicos  que começam a revelar evidêndicas sua eficácia como ferramenta de avaliação orgânica, apesar de que  ainda necessita que existam mais estudos e publicações.

Muitos dos princípios da iridologia vêm de observações empíricas, e com a inteligência artificial vamos começar a entrar no caminho de mais evidências científicas consistentes, fazendo com que a iridologia não seja mais  classificada como uma prática não validada pela medicina convencional.

Quais fatores contribuem para que acha falta de aceitação da iridologia?

Em primeiro lugar precisamos entender que a Iridologia não é uma ferramenta de análise quantitativa, daí surge  a falta de entendimento por parte dos pesquisadores conservadores,  que só confiam em estudos que possíbilitem um estudo quantitativo.

Iridologistas tem utlizado essa técnica como uma ferramenta complementar da anamnese do paciente, onde  podem ajudar no aconselhamento do paciente relacionados a mudanças de hábitos e estilo de vida e ainda possibilita o acompanhamento do paciente através de fotos que podem demonstrar a evolução do organismo, pois ao longo das mudanças de hábitos e de estilo de vida e dependendo da vitalidade do paciente é possível notar uma melhora no brilho, na cor da íris, no calibre dos vasos sanguíneos e no clareamento do branco da esclera. Mesmo que seja sutil, mas perceptivel quando tirado fotos dos olhos e realizado o acompanhamento. 

Alguns pesquisadores desqualificam a pesquisa qualitativa de uma forma geral, não é só a iridologia que sofre com esse preconceito. Eles a considerarem subjetiva e sem validade estatística. 

Outros pesquisadores defendem a pesquisa qualitativa como essencial para explorar a profundidade, o contexto e os significados das experiências humanas, o "porquê" que os dados quantitativos não conseguem alcançar.

Na verdade a pesquisa qualitativa é um complemento da pesquisa quantitativa. 

Mas é justamente nesse limbo científico que cai a iridologia.

O que falam os profissionais pesquisadores da iridologia?

Pesquisadores do campo da iridologia, inclusive profissionais de saúde que atuam no campo há década, já vem catalogando essas informações qualitativas há mais de 300 anos através da prática clínica, publicando livros e  artigos esclarecendo o que é a Iridologia. 

 Além disso, a iridologia conta com um corpo de conhecimento empírico acumulado ao longo de mais de 300 anos, com publicações, congressos internacionais e escolas renomadas ao redor do mundo. Profissionais de saúde dedicados à prática têm contribuído para o bem-estar de pacientes, especialmente aqueles que não encontram respostas em outras vertentes.

Não é delirio coletivo que vem se perpetuando ao longo dos séculos. 

Mas precisamos entender o ponto de vista dos pesquisadores quantitativos, do porque eles não aceitam a iridologia:

Fatores que pesquisadores quantitativos alegam para essa falta de aceitação incluem:

✔ Ausência de padronização – Diferentes iridólogos podem interpretar sinais de maneira distinta.
✔ Falta de estudos controlados – Não há grandes ensaios clínicos comparando a eficácia da iridologia com exames médicos tradicionais.
✔ Dificuldade em estabelecer causalidade – Não há explicação biológica clara que conecte os sinais na íris a doenças específicas, mesmo ela tendo princípio da medicina chinesa da reflexologia corporal. 

Enquanto o mapeamento da retina continua avançando na medicina moderna, a iridologia precisaria passar por mais pesquisas rigorosas, com metodologia científica confiável, para ganhar credibilidade na área da saúde. 

O futuro pode trazer novas descobertas, mas, por enquanto, a medicina se baseia em evidências concretas e mensuráveis para validar um exame como ferramenta de avaliação física e emocional.

Um Novo Horizonte: Iridologia e Inteligência Artificial

Vamos examinar por esse ponto de vista:

Foi publicado num  Conferência Internacional de 2024 sobre Avanços Recentes em Ciência e Tecnologia de Engenharia (ICRASET) um artigo que foi feito apartir de um estudo com a iridologia e a integência artificial, visando desenvolver um método confiável e não invasivo para prever problemas de saúde precoces por meio da iridologia, utilizando técnicas de visão computacional e aprendizado profundo. 

A ideia principal do estudo era criar um método que fazer previsão antes que os primeiros sintomas apareçam, através de um jeito rápido, barato e sem precisar tirar sangue ou fazer exames complexos: apenas analisando uma foto da íris (a parte colorida do olho).

Como Eles Fizeram Isso? (A Mistura de Iridologia com IA)

✔A Base (Iridologia): Eles partiram de um conceito da iridologia, que sugere que os padrões, cores e texturas da nossa íris podem dar pistas sobre a saúde do resto do nosso corpo.

✔A Ferramenta (Inteligência Artificial): Em vez de um especialista humano tentando decifrar esses padrões, eles usaram tecnologias de ponta:

👉Visão Computacional: Ensinaram um computador a "enxergar" e analisar imagens da íris com um nível de detalhe que o olho humano não consegue captar.
👉Aprendizado Profundo (Deep Learning): Criaram um "cérebro digital" (um modelo de IA) e o treinaram com milhares de fotos de íris de pessoas saudáveis e de pessoas que já tinham as doenças que eles queriam detectar.

O Passo a Passo na Prática

✔Captura da Imagem: Usaram uma câmera especial de alta qualidade para tirar uma foto detalhada da íris de uma pessoa.
✔Análise da IA: O software de visão computacional processa a imagem, extraindo centenas de pequenas características e padrões.
✔O Diagnóstico da IA: O modelo de aprendizado profundo, que já foi treinado, olha para esses padrões e calcula a probabilidade daquela pessoa estar desenvolvendo diabetes, hipertensão ou uma doença cardíaca.

Qual foi o Resultado?

O resultado foi impressionante: o modelo de inteligência artificial conseguiu acertar o diagnóstico em 93,7% das vezes. Isso significa que ele foi extremamente preciso, superando outros métodos de análise por computador que foram usados para comparação.

Em Resumo, o que isso Significa?

Imagine ir a uma clínica, tirar uma foto do seu olho e, em poucos minutos, receber um alerta: "Olha, identificamos padrões aqui que sugerem que você pode estar comendo muito açúcar e isso é um risco alto de você desenvolver diabetes no futuro. É melhor procurar um médico para saber como está sua glicemia e fazer exames preventivos.

Essa pesquisa mostra que é possível criar uma ferramenta de triagem rápida e não invasiva. 

Se essa tecnologia for validada e se tornar comum, ela poderia:

👉Salvar vidas ao detectar doenças muito cedo.
👉Melhorar a saúde pública com prevenção em larga escala.
👉Reduzir os custos com tratamentos de doenças que foram descobertas tarde demais.

Como foi publicado em uma conferência de engenharia, este é um estudo tecnológico, mas prova que a iridologia é um método funciona com alta precisão. 

Referências Bibliográficas:

KALPANAD, D. K. S. S. K. D. et al. A Survey of Recent Advancements in Large Vision-Language Models. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON RECENT ADVANCES IN SCIENCE AND ENGINEERING TECHNOLOGY (ICRASET), 2024. Proceedings [...]. [S.l.]: IEEE, 2024. p. 1-6. DOI: 10.1109/ICRASET61824.2024.10895403. Disponível em: https://ieeexplore.ieee.org/document/10895403. Acesso em: 18 ago. 2025.

METRÓPOLIS. Exame de vista comum pode prever risco de AVC, mostra estudo. 2025. Disponível em: https://www.metropoles.com/saude/estudo-exame-de-vista-preve-risco-avc. Acesso em: 10 mar. 2025.

Referências da Autora:

Para conhecer mais sobre meu trabalho, meu currículo Lattes, ORCID e outros certificados estão disponíveis em meu blog. Sinta-se à vontade para explorar e entrar em contato para futuras discussões ou colaborações!

Meu ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6311-1195

Para Aprofundar e Citar:

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A citação ABNT completa da postagem discutida neste post está abaixo:

SILVÉRIO, S. S. Por que o Mapeamento da Íris é Considerado Pseudociência, Enquanto o Mapeamento da Retina é Aceito pela Medicina?. 2025. Disponível em: https://tecnologiasdoautoconhecimento.blogspot.com/2025/03/se-estao-aceitando-e-tendo-bons.html?sc=1755554616220#c6316137946113071837.