Como a iridologia se uni a inteligência artificial no diabetes?

 

Inteligência Artificial e Iridologia: uma nova fronteira para o diagnóstico precoce do diabetes?


Autora: Silviane Silvério

Data: 11 de outubro de 2025

Tempo médio de leitura: 7 minutos

Palavras-chave: iridologia, inteligência artificial, diabetes, diagnóstico precoce, visão computacional, saúde integrativa, machine learning, prevenção

Resumo

Pesquisadores estão combinando a antiga prática da iridologia com tecnologias modernas de inteligência artificial (IA) para detectar sinais precoces de diabetes — uma das doenças crônicas mais prevalentes do mundo. 

Um estudo apresentado na Conferência Internacional ICRASET 2024 demonstrou que um modelo de deep learning treinado com imagens da íris alcançou 93,7% de acurácia na previsão da condição. 

Embora a iridologia ainda não seja reconhecida como ferramenta diagnóstica pela medicina convencional, essa convergência com a IA pode abrir caminho para triagens não invasivas, acessíveis e preventivas — especialmente em contextos de saúde integrativa.

Desenvolvimento

Você sabia que seus olhos podem revelar muito mais do que sua capacidade de enxergar?

A iridologia — prática que analisa padrões, cores, texturas e marcas na íris — propõe que diferentes zonas da íris correspondem a órgãos e sistemas do corpo. 

Por mais de 300 anos, terapeutas naturais têm usado essa técnica não para diagnosticar doenças, mas para identificar tendências de desequilíbrio e orientar mudanças em hábitos, alimentação e estilo de vida.

Até recentemente, a iridologia era frequentemente classificada como pseudociência, principalmente por falta de estudos padronizados e reprodutíveis. Mas isso está mudando.

A virada: iridologia + inteligência artificial

Em 2024, um estudo inovador foi apresentado na International Conference on Recent Advances in Science and Engineering Technology (ICRASET), demonstrando que é possível usar visão computacional e redes neurais para analisar imagens da íris e prever condições como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.

O método é simples, mas poderoso:

Captura: uma foto de alta resolução da íris é tirada com câmera especializada;

Análise: algoritmos de deep learning extraem centenas de microcaracterísticas — como padrões de fibras, pigmentação, vascularização e textura — que escapam ao olho humano;

Previsão: o modelo, treinado com milhares de imagens de pessoas com e sem diagnóstico confirmado, calcula a probabilidade de risco.

Os resultados foram impressionantes:

✅ 93,7% de acurácia na detecção de risco de diabetes.

✅ Alta sensibilidade na identificação de alterações antes do aparecimento dos sintomas clínicos.

Isso não significa que a IA “diagnostica” diabetes — mas que ela pode sinalizar um risco elevado, incentivando a pessoa a buscar exames laboratoriais (como glicemia em jejum ou HbA1c) e intervenções preventivas.

O papel do iridologista na era da IA

Profissionais de práticas complementares nunca usam a iridologia para fechar diagnósticos. Eles a utilizam como parte de uma anamnese ampliada, observando sinais como:

👉Manchas esbranquiçadas na zona pancreática da íris;

👉Alterações no brilho ou na textura da íris;

👉Mudanças na esclera (parte branca do olho), como amarelamento ou vasos dilatados.

Esses sinais, interpretados com cautela, servem para orientar, não para rotular. E agora, com o apoio da IA, essa orientação pode se tornar mais objetiva e mensurável.

Além disso, os pesquisadores do estudo ICRASET desenvolveram um aplicativo protótipo que permite carregar uma imagem da íris e receber uma análise preliminar de risco — um passo importante rumo à democratização da prevenção.



Conclusão

A união entre sabedoria ancestral e tecnologia de ponta não é contradição — é evolução. A iridologia, quando aliada à inteligência artificial, deixa de ser apenas uma observação subjetiva e passa a gerar dados quantificáveis, abrindo espaço para validação científica.

Isso não substitui a medicina convencional. Ao contrário: complementa. Oferece uma porta de entrada suave e não invasiva para quem busca prevenção, autoconhecimento e cuidado contínuo com a saúde.

O futuro do bem-estar está nessa ponte entre tradição e inovação — onde os olhos continuam sendo o espelho da alma… e talvez, também, do metabolismo.

Referências Bibliográficas

TAGHIYEV, Farid et al. Diabetes detection based on Iridology. In: IEEE INTERNATIONAL CONFERENCE ON COMPUTER SCIENCE AND INFORMATION TECHNOLOGIES (CSIT), 18., 2024, [Local de Realização]. Piscataway, NJ: IEEE, 2024. p. [Número da página inicial-final]. Disponível em: https://ieeexplore.ieee.org/document/10740405/authors#authors. Acesso em: 10 out. 2025.

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Um forte abraço,

Silviane Silvério

Mapas do Autoconhecimento

Silviane Silvério

Silviane Silvério, Naturóloga e Biomédica, com especialização em Iridologia, Plantas Medicinais, Dieta Natural e Práticas Integrativas e Complementares para a promoção do bem-estar e do autoconhecimento. Registro profissional: CRTH-BR 1741.ORCID: 0000-0001-6311-1195.

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